quarta-feira, 11 de maio de 2016

Apenas os corações abertos podem ser partidos

Quando somos crianças a nossa capacidade de amar e estar receptivo a todos é imensurável, com o passar do tempo vamos fechando nosso coração para protege lo.
Familiares, amigos, amores, apenas quando batem mais forte abrimos e deixamos alguém entrar, correndo o grande risco de sofrer.
Quando crescemos inicia se uma jornada de abertura para todos novamente, é difícil, precisamos retornar e curar as feridas, lembrar daquele dia que nossa mãe brigou, da indiferença do pai, da amiguinha que preferiu brincar com outra e do primeiro amor, sim, aquele do menino metidinho que nunca nem olhou pra nós.
Nosso coração volta a bater, a vibrar e nos tornamos criança novamente, sem a inocência, mas com pureza. A pureza de olhar os outros sem maldade, sem defesas, sem esperar que possam nos ferir.
Corremos o risco, pagamos o preço por amar sem medo de sofrer, no fundo sabemos que nosso coração está inteiro e protegido, não por nós, mas pela fonte que nos ama, acima de tudo e todos.
O sofrimento vem das expectativas e esperanças que colocamos sob as pessoas e situações, de esperar mais do que ela é capaz de dar e dar mais do que ela poderia suportar. Mais do que expectativas, a esperança e a chance de amar e receber amor e que ele seja mais forte, mais importante.
Então, mais uma vez, tudo se desfaz, e ficamos com momentos verdadeiros, de amor, amizade, olhares, sorrisos e abraços.
Lembramos que o outro também queria a mesma coisa, também esperava amar e ser amado, compreendido ... Estamos aqui todos aprendendo, a difícil arte de amar sem nada querer e esperar.
As lágrimas dizem adeus, os sorrisos as lembranças.

O desafio de ter esperança e o coração aberto, pois sempre pode ser partido, mas assim mantemos a capacidade de amar e nos tornar mais humanos.

P.S:  Dedico as pessoas que na velocidade que entraram, já saíram da minha vida.

Asha
Maio de 2016




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