domingo, 13 de setembro de 2015

::: Sua Deusa Interior Marciane Costa por Asha :::



A Marci, como a chamamos, chegou aos prantos em nosso Curso com uma trágica história. Foi acolhida e passamos a ter uma relação de final de semana, aos poucos ela mergulhava nas terapias e nas meditações, foi numa delas que me marcou profundamente a sua presença, uma meditação catártica, ali ela começou a respirar e deixar tudo vir a tona. Afinal, para reconstruir é preciso dançar sobre as ruínas.
Aproximadamente um ano depois ela veio, com a sequência dos acontecimentos turbulentos de sua vida, participar do “Despertar da Deusa”.


O que vi no primeiro contato foi uma menina perdida tentando entender o que tinha acontecido, por que e o que tinha feito de errado. Quando iniciou os “Encontros Femininos”, ainda com a ferida aberta e com uma nova, eu a via com medo e coragem paradoxalmente, via uma coragem enorme dentro dela, mas que precisava de um “empurrãozinho”, e demos, eu e as meninas do grupo... – “Vai, experimenta, se entrega!”. E ela foi para uma viagem ao desconhecido, onde poderia ser o que nunca foi, onde sem identidade, sem conhecer ninguém poderia reinventar seu próprio ser, creio que gostou da brincadeira e sem dúvidas aproveitou cada instante.
Depois desse start, a coragem aflorou e a busca seguiu, ela dedicada começou a fazer meditações, reiki e usar todas as ferramentas para manter-se bem até as metamorfoses mais intensas passarem, nos encontros da “Deusa”, total entrega, seja em algum ritual, seja nos banhos de rio e mar deixando as Deusas das águas levarem tudo que não fazia mais parte dela.
Aos poucos a chama começou a aumentar, o brilho interno projetando sobre si todas as cores do arco-íris. Renascer, voltar a viver e a amar, era tudo que ela queria e tudo que as poucos a vida foi trazendo de volta.
Começou a se olhar, a se amar, seu corpo, cabelos, gestos e através da dança ela se libertava, a dança dançava nela e não o contrário, flutuava, parecia uma fada, ou algo que definitivamente não pertencia a esse mundo, tamanha entrega e delírio. Com os olhos fechados ela saudava o Universo e agradecia a todas as Deusas.


Cara Marci, posso dizer que a manifestação da Deusa mais presente em você é a Deusa Ísis, que em nossa cultura seria “Maria” e também “Iemanjá”, a mãe maior onde o incondicional amor se estende a todos, esse foi seu aprendizado em tudo que passou: que existe um amor maior que nos banha e que pode fluir através de nós e tocar a todos.
Ísis, Deusa da magia, da dança e da cura, ela te abençoa e te traz para seu círculo de sacerdotisas, porque tudo é trabalho de cura para as filhas da Deusa, em troca ela te ajuda a intuir o caminho para totalidade.
Flor, foi uma honra partilhar tantos momentos lindos e sofridos e que hoje convertem-se em sorrisos, você se transformou em uma mulher maravilhosa nesse rito de passagem que a vida lhe proporcionou, com certeza não é a mesma e nunca mais vai querer ser, sabes que como filha “Dela” todas as faces nos pertencem, experimentamos e vibramos intensamente a cada momento. 


Juliana Alves (Asha)