sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ninguém nasce mulher: torna se ...



Entre as faces do feminino as quais estamos sob influencia independente da idade, está a primeira:  "a menina". 
A menina tem na figura arquetípica do pai, o protetor, o porto seguro, nos seu abraço nenhum mal pode toca la, tem o mimo, o olhar de amor, tem a segurança.
Uma mera projeção do seu masculino interior, é saudável para formação dessa criança todos esses sentimentos, porém em algum momento ela precisa desprender se e adentrar no abismo de se conhecer e descobrir essas características dentro de si mesma.
Em muitas culturas ancestrais, existem os ritos de passagem necessários para que a menina, transforme se em uma mulher. Na vida contemporânea externamente, consideramos "mulher", depois da primeira menstruação e da relação sexual, porém psicologicamente guardamos a menina em uma parte de nosso subconsciente e ela busca no companheiro, as características do pai.
Independente da idade do homem e da mulher, a relação por si só exige essa experiência, uma relação de necessidade ... Ela querendo segurança, ele suprindo sua também carência de um pai, sendo um.
Alguns sinais indicam se esse é o tipo de relação que está acontecendo conosco. Por exemplo: 

Ele está sempre instruindo, orientando, por que ele já sabe como a vida funciona.
Ele não está aberto para aprender nada com ela.
O sexo está em segundo plano na relação, o carinho é mais importante.
Sua família adora ele, e é um moço para casar.
Ele facilita a vida dela, materialmente e emocionalmente. (presentes, gentilezas)
Ela precisa se comportar como uma menina educada.

E assim por diante.
Não existe nenhum problema com esse tipo de relação se ambos estão de acordo e satisfeitos, porém quando não há uma relação de troca, não há crescimento.

A menina que tem a coragem de se tornar uma mulher, vai abrir mão da segurança de uma figura masculina, vai despertar em si mesma, a segurança, o amor e o apoio que precisa e merece.
Nesse mergulho em si, se sentirá sozinha, abandonada, triste, sentirá um dor no peito como se nada nunca pudesse preencher e depois dessa fase, encontrará um profundo amor por si mesma, uma independência absurda, uma maturidade de saber quem é e uma liberdade digna de não ser desperdiçada com outra relação abusiva.
Nesse momento a mulher nasce e agora ela pode encontrar um homem para uma relação saudável de troca e crescimento mútuo.

É, realmente ...
"Ninguém nasce mulher: torna se." Simone de Beauvoir

Asha 


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Dançar e dançar


Dançar pra lua
Dançar nua
Dançar e sorrir
Dançar para ser feliz
Dançar para curar
Dançar para amar
Dançar para entender
Dançar para ser
Dançar para honrar
Dançar para libertar

Asha






quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Amor Estelar


Que nossas constelações
se encontrem e se 
entrelacem em uma 
dança cósmica de 
amor e pureza 
Que nossas essências se unam no 
mais belo dos vales e que nos 
banhemos em um lago de águas 
cristalinas e doce, que desaguam no 
mar infinito e constante 
Depois caminharemos pelas areias
cheias de conchas e pedras e 
ouvirei você cantar sobre meus cachos
Nossos pés na areia e nossas 
mãos unidas e presentes
Que seja exatamente como foi 
imersos nas águas e em nós mesmos.

Amor em ti, por ti e por nós.

Asha
2012





segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Amor puro de menina



"Senti seus olhos buscando me a noite toda
Senti sua presença por perto
Menino doce
Chegando de mansinho
Recebendo e doando
Emanando calma e amor
Em frente ao fogo, sentamos
Falamos, rimos, meditamos
Você se aproxima, fico envergonhada
Deixo fluir, deixo seguir
Deitamos e o carinho vem
O beijo puro roubado também
A verdade, a pureza, a alegria
De estar presente e entregue
como uma Menina
Amando e sendo amada"

Asha - Juliana Alves






quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Precisamos voltar a chorar


Somos feita de emoções, somos lua, somos água e nossa essência precisa voltar a fluir.
Em todo processo de nos tornar fortes para assim cumprir todas as exigências contemporâneas, para proteger nosso coração e ficar imune, não apenas ao próprio sofrimento, mas também aos clamores do mundo, paramos de chorar, anestesiamos nossos emoções e sentimentos.

Precisamos voltar a chorar, deixar fluir as águas do nosso ventre e coração, aquele choro de lavar a alma e molhar a Terra.
Essas lágrimas tem o poder de curar nos e a tudo a volta ... Nos purificam, nos ligam ao amor de Mãe, que tanto chora para aliviar o sofrimento de todos os seus filhos.

Uma vez ao mês, seja no fluir do ventre em sangue, seja na lua minguante ou quanto sentir aquela melancolia de essência, que possamos deixar fluir nosso rio interno, ele certamente desaguará no mar de Amor e nos preencherá de pureza e luz.

Amadas, por favor ... chorem! Para amar, para curar, para nos unir e elevar.

Asha - Juliana Alves Teixeira