quinta-feira, 28 de julho de 2016

Caminhos abertos


"Em lótus me sento e observo os movimentos cíclicos do Universo, o inspirar e exalar de tudo que mantém a harmonia da natureza.
Levo o olhar para dentro e tudo aqui me parece semelhante, assim, minha ação é precisa e certeira, em comunhão plena com forças maiores e poderosas.
A consciência amplia, a paz se instala, a confiança e a entrega permeiam. 
O caminho se abre por Terra, na força do povo ancestral, as nuvens se abrem no Céu no comando estelar azul.
E quem faz os movimentos é Ela, fluindo como uma serpente de fogo ... A mim, basta agradecer e esperar. "



por Asha


terça-feira, 26 de julho de 2016

Quem são minhas avós

Sagradas mulheres que caminharam nessa Terra antes de mim, que sabiam como se curar com as ervas, que pariam seus filhos em casa, que ajudavam outras a dar a luz, que passavam os segredos da arte da cozinha, que costuravam as roupas, que contavam histórias de seu tempo.
Mulheres essas que mantiveram a chama acesa em suas casas e famílias, no fogão a lenha e em seu coração.

Minhas avós são todas as mulheres, que nunca puderam ter voz ativa, ficaram caladas e por isso hoje tenho tanta dor de garganta. São aquelas mulheres que buscaram referência no pai e ficaram tão agressivas, se fecharam tanto que perderam a doçura do seu feminino. 
Encontro elas dentro de mim, e faço o que nunca puderam, me curo e as liberto.

Hoje as encontro em todas as sábias mulheres que me ensinam no dia a dia. A sabedoria da Deusa anciã, se manifesta ao meu redor, seja em um conselho, seja em um carinho, o ouvir sem julgar.
Minhas avós estão dentro de mim, por mim elas vivem outros tempos, experimentam, saciam suas vontades a tanto guardada, em mim elas se libertam.
Por todas elas me deixo voar.


Asha
26 de Julho










segunda-feira, 18 de julho de 2016

LinDeusa Giseli Zoz

"Foram momento de evolução enquanto mulher."

Representou para mim quebra de algumas crenças, ampliando minha visão, sentimentos, amor próprio e consequentemente amor ao próximo e principalmente "a próxima". Representa a cura de todas as mulheres da minha família.

Agora me sinto mais conectada ao universo, a natureza, sinto as energias, sei como buscá las nos momentos que não estou bem.
Sei que reconectando a mim mesma, a minha essência, encontro a solução do que está me incomodando de alguma forma.

Vá de encontro a si mesma e ao Feminino que está aí na sua frente e por vezes você não está valorizando e sentindo a delícia do ser.
Faça Despertar da Deusa!

Giseli Zoz 
Depoimento do Despertar de aprofundamento Jaraguá do Sul 2016









sábado, 16 de julho de 2016

Hades visita Perséfone


Quando ele chegou o colorido de suas roupas agrediam meus olhos, tudo nele era grotesco, seu vocabulário, sua aparência, sua barba por fazer, sua unhas grandes ...
Em minha delicadeza não pude deixar de notar a falta de sutileza em tudo, mas era Hades, não poderia esperara menos do que isso.
Ele visitou me, mas estava diferente, não tinha aquele jeito sedutor de sempre, ao contrário, estava sensível, machucado eu diria, queria colo, mas não queria toque.
Nesse ano cada um cuidou da sua parte no reino, aqui em baixo, muito trabalho, breves encontros, apenas para manter o mito vivo dentro de nós.
Como sempre ele queria algo, dessa vez sem romance, mas com muito jogo, querendo saber tudo que acontece sobre a Terra, os planos dos Deuses de cima.
Na inocência e no conforto da presença me abro sem receios, somos velhos conhecidos, afinal.
Ele propõe alguns trabalhos, mas o caminho que ele tem seguido, já fui e vim tantas vezes e agora não me interessa.

"Uma escolha precisa ser feita, Perséfone, não é mulher de dividir, nem que seja a lealdade."

Ele escolhe, fica meio confuso, não com a escolha, mas como mantenho me irredutível.
Todas as cartas na mesa, com tudo desfeito, limito e protejo minha coroa, e espero.
O êxtase toma conta, a força e o empoderamento presente, calmamente conduzo tudo em harmônia, mas o tempo dele aqui acabou.
Olhando para céu, sentada no chão, respiro ... Soltando o ar sobre as nuvens, chamo a força dos ventos de que sou feita, uma tempestade se arma, ele pede para ir embora. Respeito suas escolhas e seu caminho, abençoou ...
Ele pede desculpas e segue, volto para meu altar e agradeço.


Asha


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Chega de princesa

As mulheres carregam culturalmente dentro de si a espera de um príncipe encantado, um lindo, amável e bem sucedido homem que venha  resolva todos os seus "problemas".
Se colocam nas mais diversas situações por essa busca interior desenfreada, sempre que alguém a toca, ela coloca todos os sonhos e expectativas em cima disso, criando assim uma ilusão, e sobrecarregando também o homem que nunca disse, fez ou prometeu algo parecido.
Como toda a ilusão, a verdade vem a tona, demore o tempo que for, ela vem sorrateira e impactante trazendo a frustração da projeção.
Precisamos aprender em primeiro momento a não buscar nosso pai na relação, ou o contrário do comportamento dele em um homem, o que é bem natural e nos coloca em muitos conflitos.
Muito comum também perder a identidade em uma relação e passar a viver a vida do outro, seus gostos e preferências, algo nocivo, pois abrimos mãos de nos mesmas e logo essa energia virá a tona em forma de cobrança ou culpa.
Se dar o que busca, seja carinho, estabilidade financeira ou prazer, completar se, se conhecer, firmar sua personalidade, gostos, sonhos e caminho, fortalece nossas verdades. 
Se fazemos o caminho para dentro primeiro, vamos desviando dessas armadilhas condicionadas e entrando em uma relação mais consciente, inteira, sabendo que ela trará seus aprendizados, seus resgates e nem sempre será "para sempre", pois a felicidade está no eterno agora.

Asha





quarta-feira, 13 de julho de 2016

Depoimento - Círculo Sagrado em BC

Despertar da Deusa pergunta:
Como você está se sentindo e como foi o encontro para você?


*Foi um ótimo e acalentador encontro. Pra mim iniciou um processo lindo e profundo em encontro ao meu feminino sagrado. Gracias!!!

*Foi um encontro ainda mais especial, uma continuação de um processo de cura, amor e liberdade. Agradecida a todos. Viva o amor, viva a mulher cigana que vive em nós!

*Foi ótimo! Muito bom partilhar experiências e aprender algo novo.

*Encontro de elevado movimento de cura. Gratidão a todas nós mulheres que curam!

* Maravilhoso! Muita cura!Muita Luz. Amei. Obrigado.

*Agradeço de corpo e alma e que venham as próximas experiências.

*Maravilhoso, gratidão!

*Maravilhoso! Muito aprendizado. Gratidão.

*Despertador encontro da consciência! Luz, paz e sabedoria!

* Foi lindo! Gratidão!

* O encontro fez eu perceber mu verdadeiro valor com mulher. Foi relaxante e renovador.

*Foi muito bom! Uma experiência de amor próprio e cura! Gratidão!

*Gratidão.


Balneário Camboriú 02/07/2016


Entrevista de Asha para curso de jornalismo


Asha, a mulher que despertou

O ambiente estava escuro, apenas a luz da fogueira invadia-o e aquecia todos os corajosos que foram experimentar aquela substância.
Ela estava com um vestido branco e em seus cachos, uma flor. Sua expressão era serena, seu olhar quase perpassava a imagem a sua frente, tamanho o olhar interior que ela possuía. Naquela noite ela queria ajudar outras pessoas, talvez transmitir um pouco do poço de espiritualidade que a rege. 

Era uma cerimônia com as medicinas da floresta, em especial, a Ayahuasca, a substância que a surpreendeu e mudou completamente a sua vida. 
Budismo, xamanismo, holística e reiki são algumas espiritualidades conhecidas por Asha, a sacerdotisa de Gaia, que se construiu a partir de várias espiritualidades, verdades e crenças. 

Ela construiu a sua própria espiritualidade através de suas vivências, leituras e mirações. Para Asha, não há religiões, a fonte é uma só, uma energia que se
manifesta em formas, intensidade e frequência diferentes. Nascida com o nome de Juliana, ela viveu sua infância em contato com a natureza, tendo a liberdade como melhor companhia. Aos 18 anos casou, engravidou, e começou a viver um estereótipo social. “Minha alma gritava por liberdade, me pedia para seguir meu caminho. Me sentia morrendo aos poucos”, conta.
Desde então, iniciou uma busca por si mesma, por sua espiritualidade. Com dois filhos pequenos, ela foi em busca da sua missão e foi lendo um livro de Osho, mestre indiano, que ela renasceu. Agora com o nome de Ma Marga Asha. Ma significa mãe de si mesma, Asha, esperança e Marga, caminho. Mãe do caminho da esperança.A mulher de 31 anos acredita na existência de muitas realidades e, para ela, nós escolhemos a que queremos viver. O mundo de uma maneira geral é uma ilusão, no budismo isso se chama samsara, os hindus chamam de maya, o povo da nova era, de matrix, os hippies, de babilônia, mas independente do nome, existem muitas realidades. Asha conta que o que acontece no mundo a afeta, mas se ela pode amenizar esse impacto, o faz. Por isso ela opta por não assistir televisão e ler jornal, para não trazer a violência para dentro de casa. Ela acredita que saber disso não agrega em nada. Asha e seus filhos vivem nesse mundo, mas alheios a ele. “Precisamos criar uma nova forma de viver, isso é o
que penso, mantenho uma vibração energética a qual essa realidade não faz parte de nossas vidas, como se vivesse em outro mundo”, afirma. Segundo Asha, não é saudável se prender a arquétipos construídos pela sociedade, em algum momento é preciso amadurecer, buscar referências interiores, seguir os sonhos, cortar os laços nocivos e tomar posse da própria vida. Foi o que ela fez.
Atualmente, Asha não possui uma rotina, para ela tudo depende da energia, da lua e dos trabalhos que estão sendo realizados. Sua vida é levada de acordo com a sua espiritualidade e conexão com a natureza.
Em um contexto geral, ela pratica meditação, yoga, organiza eventos, cursos e vivências. Além de cuidar e dar a atenção necessária aos seus filhos.
“Gosto de alimentar meu mundo interior mais do que o exterior”. É esse o pensamento que determina o limite social de Asha. Para ela, não é interessante nada que não agregue algo aos valores internos, por isso seu meio social é restrito, já que, em sua visão, a superficialidade ronda esse meio.

A espiritualidade dela foi construída sob medida por ela mesma, mas Asha tem uma opinião sobre as religiões “pré-fabricadas”. “Religião é um mal necessário, às vezes, é toda a referência que uma pessoa tem de si mesma, ou do mundo. Se tirar isso dela não resta nada, é muito perigoso ficar sem uma percepção do futuro, de esperança ou de algo ou alguém para acreditar”, conta. Para ela, tirar a religião de alguém que precise dela pode ser nocivo e ela ousa dizer que o ser humano é incapaz de viver sem crenças ou sem sonhos, é o combustível para
acordar e dar sentido à vida.
Um ponto fundamental da espiritualidade de Asha é a harmonia com a natureza. De acordo com ela, quando se entra em contato com a conexão de que somos parte da natureza, uma extensão dela, não há nós e ela, não há eu e ela, somos um organismo só. 
A natureza é composta de quatro elementos e nós também somos feitos de terra, água, fogo, ar e outros elementos ainda. A terra corresponde ao nosso corpo, tudo que é físico, a água, nosso sangue, nossas emoções, o fogo, nossa energia vital, nascemos com ela e a repomos, o ar, nossos pensamentos, a mente. Ela acredita que tudo o que acontece na natureza, acontece em menor escala conosco, dentro de nós. Ela afirma
que é essa separação que está destruindo a civilização. 
Por isso, Asha procura produzir o mínimo de lixo possível, realiza a compostagem e está com um projeto ambiental, que visa viver ainda mais essa realidade de integração. “Não existe espiritualidade sem consciência ecológica, é impossível, pode rezar, meditar, fazer yoga, se não começar a mudar os hábitos diários, a alimentação, o contato com a natureza, se comunicar com ela e ter essa empatia, não restará futuro para as gerações e o coração não irá florescer em bondade e amor, pois estamos todos interconectados”, reflete a Mãe do caminho da esperança.

É difícil definir a Asha, pois, como ela mesmo diz, ela não possui um limite. Não existe nós e ela, não existe eles e ela. Para ela, somos todos um. Asha é sannyas, uma retirante que vive no mundo, mas não pertence a ele. É como se os valores do mundo não a interessassem, é um meio apenas para realizar mudanças necessárias.
O trabalho espiritual de Asha inclui os detalhes do dia a dia, os pensamentos e sentimentos, a criação das crianças, com os valores que incluem se importar com os outros, mas não aquela falsa caridade ou de ser bonzinho para ir para o céu, é uma questão de inteligência, respeitando as leis que regem o Universo e uma delas é que tudo retorna para você, na proporção que envia. Além disso, Asha possui um trabalho terapêutico direcionado às mulheres, que nasceu danecessidade de resgatar o feminino essencial dentro de cada uma delas.

Sobre os filhos, Asha diz que eles são criados com a liberdade de ser quem são. Não há doutrinação, não há alguém dizendo o certo e errado, eles experimentam e colhem as consequências. “Eles não existem para minha realização e felicidade, tem seus próprios caminhos. Meu papel é facilitar o processo deles, sem apego ou posse, acompanhar até que possam andar sozinhos”, afirma.

Ao final da conversa, ela riu, aquela risada gostosa de quem está feliz por transmitir a sua essência, por transmitir a sua espiritualidade e por ser quem deveria ser. Depois disse apenas uma palavra: gratidão. E com um longo abraço despediu-se. Deixando a sua energia ainda presente.
Dessa vez, o ambiente não estava escuro, não havia a luz da fogueira. Ela não estava com um vestido branco, não tinha mais cachos, nem uma flor. Mas sua expressão continuava serena, seu olhar continuava perpassando a imagem a sua frente, tamanho o olhar interior que ela ainda possui. Nessa noite ela ajudou outras pessoas, transmitindo um pouco do poço de espiritualidade que segue dentro dela.


Curso de jornalismo 
(Nathalia Thomassen, Maria Luiza Parisotto, Kaue Natan, Israel Antunes, Roberto Bett)

Joinville/Julho de 2016


domingo, 10 de julho de 2016

A falsa irmandade

No passado houve um grande grupo de mulheres que despertaram suas potencialidades, seus dons e suas magias, fundaram assim uma irmandade, um círculo de práticas e de encontros.
A linha entre a magia branca e a negra é muito tênue e quase que imperceptível o transitar de uma para outra, as práticas, eram para exaltar a si mesmas, para ter poder, e não apenas sobre si e também sobre os demais, era para "reinar".
É muito divertido, brincar de ser "poderosa", alimenta o ego, torna se especial, e passa se existências e existências jovem, linda e com aquela felicidade ilusória que precisa da aprovação externa.
Quem por algum motivo resolve deixar o círculo, arca com as consequências e é considerada uma traidora.
Em algum momento o despertar acontece, nossos dons ganhamos para algo muito além do que brincar de ser especial e partimos para uma jornada que vá além da auto afirmação e superação de traumas de infância.
Os motivos são muitos e um tanto óbvios para quem ousou olhar para além de si mesma.
Honrar a criação traz consigo uma missão de luz, ser grata por toda jornada já passada, mas evoluir e prosseguir.
Infelizmente a antiga prática persegue, e não aceita quem resolveu trilhar outro caminho, trava se assim uma batalha, entre flores e espinhos, competições desnecessárias, consciência e inconsciente.
As armas já temos, mas usar com sabedoria exige se defender sem machucar a outra, pois ainda somos "uma" em polaridades opostas.
A escuridão é sempre necessária para depois ser iluminada com toda luz.

Asha






quarta-feira, 6 de julho de 2016

Mistério

Quando mulheres tem a coragem de sair em busca de si mesmas, desafiando seus medos e anseios de adentrar ao mistério da noite, elas percebem que não estão sozinhas, que toda ancestralidade está aqui para apoia la em sua busca e muitas outras mulheres como ela.

Asha