Ninho vazio

Quando nos tornamos mães, a mulher morre e o aspecto do materno toma conta, necessário para os cuidados com o bebê, porém muitas mulheres esquece de resgatar a "mulher" dentro dela com o passar do tempo.
Começa o jogo inconsciente de projeção ... "Em ser diferente de sua mãe ou pais; ser melhor; dar tudo o que não teve; e assim por diante.
Passa a viver a vida dos filhos, para eles e por eles, muitas vezes dando real significado as suas existências, quando o relacionamento não está bem e ou não encontrou se realizar no trabalho.
Pois bem, um dia os filhos crescem, vão para o mundo ... E a mulher entra no vazio de ter que encarar suas questões internas e no começo é desesperador.
Muitas não conseguem fazer esse processo, vão visitar sempre, mudam para perto, mesmo quando os filhos se casam, mantem uma relação próxima, dificultando assim, a vida do jovem casal.
Se a vida toda a mulher não olhou para si, para dentro, a vida oferece mais uma oportunidade e agora com a maturidade, entra em um forte paradigma: De ter mais sabedoria para lidar com as situações e o medo de encarar o tempo perdido. Mais uma vez a vida exige coragem, aquela energia selvagem que existe dentro de toda mulher.
Algumas nesse período desenvolvem algum tipo de patologia, para cuidar de si, algo nocivo e perigoso, por isso peço as mulheres maduras para mergulharem em si naturalmente.
Os filhos estão criados, mas nossa capacidade de criar é infinita, podemos pintar, cantar, dançar, fazer terapia, fazer amizades, trazer a mulher de volta, cuidar do corpo, resgatar a sensualidade, fazer caridade.
É um especial momento, pois a maturidade já avisa por quais caminhos não precisamos seguir e o aspecto da mulher selvagem, grita dentro para ser ouvido.

"Força mulher, encha a casa de amor por si, faça de si sua filha e se dê tudo que faltou. Deixe sua cria, seguir seu caminho de flores e conchas, aos cuidados da vida, ela sempre cuida de tudo."

Asha